Fugir

Vida vaga. Cheia de medos e falhas. E a luz distante da realidade. Olho sempre pra frente, mas o lado que eu olho é sempre o lado errado. Eu sigo sempre em frente, de encontro à parede. Eu sigo, em frente. Eu vivo. Estado vegetativo -de mente.
A realidade é do outro lado. Fácil perceber, basta querer enxergar. Mas não, eu ali parada em frente à porta, presa a um mundo que eu, alienada, criei para me proteger -de nada. Um mundo que eu tomei como verdade. Medo, puro medo. Insegurança que todos sentem. Parada em frente à porta com medo de sair.
O que você está dizendo? Não entendo. Vejo milhões de vasos sem nenhuma flor. O que eu estou fazendo? Preciso furgir, sair daqui. Ou simplesmente ficar, e aceitar. Ver a vida passar, apenas assistir.
Milhões de vasos. Eu sou um vaso de barro, modelado de forma errônea. Por culpa de quem? Ninguém. Eu não tenho flor, nenhuma flor.

Postagens mais visitadas deste blog

Pausa pro café

Fez um ano, eu te amo